quarta-feira, 4 de junho de 2008

O bem e o mal que há em mim


Há um bem que habita em mim.
É algo que me chama ao que é certo.
A verdade e a justiça me conduzindo, a honestidade e a humildade explodindo em meu ser.
Não suporto desigualdade, ver crianças e idosos sofrendo sem amparo e sem uma gota de dignidade.
Não tolero ver pessoas corruptas, tomando o pouco de muitos para enriquecer muito poucos como muito.
Detesto a sujeira nas almas das pessoas que por meios ilícitos tetam tirar proveito de qualquer coisa em seu favor.
Repudio todo desrespeito e falta de caridade e nenhuma compaixão com o próximo.
Abomino filhos que não valorizam seus pais e pais que, por falta de amor, não educam seus filhos.
Pois há um bem que habita em mim.
Contudo, há um mal que habita em mim. é algo que me chama ao prazer. É algo que me leva ao que me faz sofrer.
Às vezes eu não sei perdoar.
Às vezes o orgulho é mais forte que minha humildade.
Às vezes a preguiça domina minha coragem de ser e fazer.
Às vezes a luxúria e mais do que meu simples silêncio.
Às vezes a ganância não me deixa cuidar dos meus irmãos mais carentes.
Às vezes sou mesquinho e mentiroso.
Às vezes eu quero ser o que não sou esquecendo que o que sou é que me faz feliz.
O meu não suportar pode significar não agir para melhorar.
O meu não tolerar pode significar minha omissão e de pequenas formas ser igual ao que não tolero.
O que eu detesto é o que eu mais deveria amar para que assim possa conhecer e limpar qualquer mancha.
Aquele que repudio é o que tenho que trazer para perto de mim para que haja respeito, altruísmo e compaixão.
O que eu abomino é na verdade, em menores proporções, o que talvez eu seja.
Pois há uma mal que ainda habita em mim.
Contudo, o bem sempre habitará em mim, cada vez mais forte, crescendo, agindo, quase explodindo, quase não deixando espaço para o mal, que ainda habita em mim.

Nenhum comentário: