domingo, 31 de janeiro de 2010

Medo


1 Perturbação resultante da ideia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror. 2 Apreensão. 3 Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável. sm pl Gestos ou visagens que causam susto.

“Quem tem medo do lobo mal?”
Essa frase é uma das muitas canções de ‘encorajamento’ do infanto-juvenil brasileiro.
Mas não é sobre as canções que eu vou falar, mas do medo que sentimos da vida. Da simples ansiedade até o extremo pavor dos objetos que nos cercam.

O medo nos acompanha desde muito pequeno, e, provavelmente, morreremos com medo. Medo da morte talvez. Também há aquelas pessoas as quais não têm coragem para viver e sim para morrer. A realidade é assustadora para quem não consegue vê-la como um desafio bom para nos fortalecer e nos tornar aguerridos para as batalhas que hão de vir.

Acendemos a luz para fugir da escuridão, é difícil confiar no que não se pode ver, é tenebrosa a ideia de darmos um passo qualquer sem saber onde vamos pisar se não tivermos fé no que estivermos fazendo. Não temerei o escuro se for claro para mim o ambiente em que eu me encontrar.

Apagamos nossos corações para fugir da clareza das pessoas, julgamos as pessoas pelas aparências e por algum simples ato falho que ela tenha cometido e nos amedrontamos de uma possível aproximação por achar que isso irá nos afetar e assim, acabamos não conhecendo de fato estas pessoas, e por receio, não aprendemos o que há de bom nelas.

Andamos nas ruas com medo de acontecer algo. Ficamos preocupados com os animais soltos, com o trânsito intenso, com os bandidos enfurecidos, medo da multidão, medo da solidão. Temos medo das chuvas e dos trovões, do sol forte, da noite sombria coberta pela névoa fria.

Contudo, existe aquele medo que não é ruim por nos proteger e nos deixar cautelosos em algumas situações extremas. “É melhor um medroso vivo do que um corajoso morto”. Mas dependendo da situação morrer valerá a pena se a nossa dignidade e honra forem preservadas e principalmente se for para proteger a vida de outras pessoas. Não há porque temer em agir corretamente, em ajudar aos outros e a si mesmo.

Mas o pior medo é não ter coragem para reagir.
Medo de ficar parado quando é necessário agir.
Medo de ver a vida passar e não fazer nada.
Medo de amar e de não ser amado.
"Medo do medo que dá".

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